segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ESPAÇO ABERTO

TEXTO DE ELAINE BRUN, JORNALISTA DA REVISTA ÉPOCA...
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada - e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. preparada no ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade.
Há uma geração de classe média que estudou em bons colegios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nasceram prontops - bastaria apenas que o mundo reconhecesse sua genialidade.
Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas - onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar e merecem, saja lá o que for que queiram. E quando isso acontece - porque óbviamente não acontece - sentem-se traídos revoltam-se com a injustiça e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de revelante, desconhecem que a vida é construção - e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade - e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova lá não muito animadora : viver é para os insistentes.
PARA VER O TEXTO COMPLETO E OUTROS TEXTOS DA AUTORA ACESSAR: NOSSA SOCIEDADE ELAINE BRUN.

6 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom.....

Coisa séria....

Guido disse...

Também gostei,Tio,nos leva a refletir!!!

jocaabrao disse...

Guido, talvez possamos coloca-los em frente a essa situação para aprofundarem suas idéias e usufruirem dessa importante realidade, discutível sobre qualquer ponto de vista, mas para nossos netos e bisnetos, sobre eles nada mais se pode fazer, já estão viciados, mesmo porque já vivenciaram muito dessa mordomia oferecida por nós sem ao menos termos algo em contrapartida. Sem medo de errar, exemplificando um pouco, meus filhos viajaram muito mais para o exterior do que eu e a Denise. Carro? comprei com uma pequena ajuda de meu pai. tambem errado não estou em dizer que todos nós, com grande emoção demos carros aos nossos filhos passando no vestibular como se isso não fosse obrigação de qualquer cidadão e ainda ficamos orgulhosos sem levar em conta que meus tres filhos estudaram na catolica, eram 4.000,00 por mes. e eu orgulhoso da vida. portanto minha gente, ainda há tempo para nossos netos, para os noosos filhos o bonde da história já passou. um abraço a todos.

Armando disse...

Realmente o texto da Elaine nos leva a refletir sobre a maneira como nós fomos criados e como criamos nossos filhos, embora sejam tempos diferentes...

A Elaine é uma pesquisadora nessa área e sempre há muita seriedade em seus trabalhos...

Abraços...

APOSENTADO disse...

Sou obrigado a discordar de todos, inclusive da autora do texto.
Quer me parecer que estamos levantando uma bandeira que nunca foi a nossa, senão vejamos.
No nosso grupo social, muito embora o “Les Paxá” tenha abrigado em suas hostes, pessoas de todas as origens, em condições de igualdade, amizade e fraternidade, a grande maioria é oriunda de classes sociais mais abastadas, basta lembrarem os clubes dos quais éramos sócios, e, excluindo-se o “Bar do Paxá”, a “Tia Alice” e o “Stardust”... rsrsr, os ambientes que freqüentávamos.
Nossos pais, evidentemente que eram “outros tempos”, nos forneceram o que havia de melhor na época, tanto em relação ao estudo, como em relação às comodidades.
Quanto a estas sugiro uma revisita ao BLOG, e para não confundir, ao excelente Bar do Zico (Bar do Pachá), que estampa em suas paredes as nossas memórias, e verificar a quantidade de veículos que possuíamos.
Essa conversa de que não fizemos e agora nossos filhos fazem!!!
Essa conversa de que eu não tive e agora meus filhos têm!!!
Essa conversa de que eu não fui e meus filhos foram!!!
Essas conversas, me desculpem, mas me parecem ser um revanchismo ilusório, que estamos tentando , pelo menos em pensamento, por que a realidade é bem outra, repassar aos nossos filhos, e do qual nunca sofremos.
Na vida, as dificuldades aparecem a cada passo, e se não estou muito enganado, para nós também apareceram. Se conseguimos superá-las por força própria, ou com a ajuda e auxílio dos nossos pais, importa muito pouco, pois somos todos VITORIOSOS.
Temos sim o dever e a obrigação de facilitar aos nossos filhos, tudo que pudermos, com colégios, faculdades, viagens, veículos, roupas, grana, enfim, “NÃO FOI POR ISSO QUE ESTUDAMOS, TRABALHAMOS E LUTAMOS”???
Antes de ser criticado e me atirarem pedras, obviamente estou analisando somente o grupo social que convivi durante toda a minha vida.

Grande Abraço a todos,
Vivam em PAZ.

Armando disse...

Alemão,

Muito boa sua participação e, como sempre, aborda com muita propriedade os temas colocados...

Concordo plenamente com vc quanto
a formação do pessoal da nossa turma, tem razão em tudo q ue diz.

Porém qto ao espírito dos jovens de hj em relação à seriedade da vida, carreira, família etc, eu me inclino a concordar com a Elaine (autora do texto.

Sem dúvida é um tema polemico. Sempre qdo o assunto é criação de filhos há mta polemica e os trabalhos sérios sobre o assunto nos fazem refletir.

a minha opinião pessoal é de q os jovens de hj, dada as facilidades que o mundo lhes oferece via pais, eles estão um tanto acomodados, achando q o sucesso e a felicidade é um direito seu e não uma conquista pessoal.

É isso...

Grande Abraço.