segunda-feira, 24 de maio de 2010

ESPAÇO ABERTO

2 º ENCUENTRO HARLEY CLUB - PARAGUAY (ASUNCIÓN).
ENCONTRO INTERNACIONAL DE HARLEY DAVIDSON DEL MERCOSUR.
De 05 A 09 de MAIO de 2010.
O encontro para início da viagem foi no posto de gasolina na esquina da Praça da Ucrânia. O José Carlos com a sua “Rocker” o filho dele Rique com a “Softail” e eu com a minha “Gilda” – (Dina Super Glider).
Às 7h00 estávamos no começo da BR-277, marco zero da nossa viagem.
Passando Campo Largo encontramos forte nevoeiro e no pedágio de
São Luiz do Purunã a temperatura baixou bastante. No entroncamento para Porto Amazonas/Irati o frio fazia os meus joelhos baterem no tanque de gasolina da Gilda, pois eu contava com um dia mais quente conforme a previsão do SIMEPAR. Em Irati, tive que parar para me abrigar melhor. Coloquei mais um pulover grosso e troquei as luvas de couro de verão por outras de inverno e chuva.
Cheguei em Relógio às 9h30 ou 2,5h para percorrer 211 km o que significa uma média de 84,4 km/h. Reabasteci, limpei a bolha (parabrisa) e a viseira do capacete e nada do Zé e do Rique. Segui em frente.
Quando se anda junto com mais de três motos o rendimento cai um pouco. Mas como todos ali são pilotos de longo-curso e experientes, conseguimos manter uma velocidade mínima de 120km salvo nos cruzamentos das cidades à beira da estrada.
Seguimos viagem e na cidade de Boa Vista eu vinha atrás a uma distância de uns 150 metros do resto do grupo. Na minha frente tinha um caminhão seguido por um Corcel II, dei pisca para a esquerda e comecei a ultrapassar quando o Corcel sem olhar no retrovisor e sem dar seta de pisca tirou o carro para ultrapassar, freei forte, a moto derrapou com a traseira, soltei o freio e joguei a moto para a esquerda passando por cima dos redutores de velocidade do olho de gato em plástico duro. A moto voou para cima dos artefatos e consegui desviar do meio-fio do trevo jogando, muito suavemente a Gilda para a direita para não perder o equilíbrio, e aos poucos contornando a rua de retorno, provavelmente na contramão, no sentido da minha mão direita, entre o gramado da valeta e o asfalto do trevo e retornei à pista da BR-277. Até agora não sei como consegui, mas com certeza o meu anjo-da-guarda é ótimo piloto.
Seguimos até Cascavel onde chegamos às 12h30, num percurso de 246 km desde Laranjeiras do Sul, onde almoçamos. Até ai percorremos 494 km em 5,5 horas o que significa que, com as paradas, imprimimos uma média de 90 km/h, marca de respeito.
Consegui fazer contato ao celular com o Zé e constatamos que estava
63 km à frente dele e do Rique.
Cheguei no trevo da Avenida JK às 15h00 e no encontro à 15:20.
Retomei o destino de Cidade de Leste, agora acompanhado pelo meu
filho Rodrigo.
Atravessar a fronteira foi o caos de sempre e chegar ao hotel mais
difícil que a viagem.
A estrada entre Ciudad de Del Este e Assunción é uma das mais perigosas que existe. Centenas de motos pequenas com até três pessoas, sempre sem capacete, muitas vezes o casal com três filhos pequenos trafegam cruzando a estrada, bois e vacas nos acostamento insistem em ir e vir livremente e os carros entram na estrada sem nenhum constrangimento. A cada 2 km cheguei a contar três cruzes fincadas na beira do asfalto, ornadas com rodas de bicicletas, guidon de motociclos e direção de automóveis, como a dizer que tais acontecimentos são frutos de uma vontade divina e como tal nada pode ser feito para mudar.
Proporcionalmente ao número de habitantes, o Paraguai possui uma
quantidade de motos muitas vezes superior à do Brasil. A impressão
que me causou foi a de que esses ciclomotores substituem o cavalo
da nação Guarani.
A entrada na cidade de Assunção foi uma epopéia aparte, os carros
vão avançando literalmente nos cruzamentos e chegam a chocar-se
uns com os outros feito jogo de futebol americano. A buzina é uma
constante e totalmente inócua. Paraguay jo lloro por ti.
Finalmente chegamos ao Hotel Sheraton, local principal do Encontro, já tinha mais de 60 Harleys. Estacionamos as máquinas no pátio guardado por um forte esquema de segurança e fomos para o bar refrescar a garganta.

Na volta, o Zé e o Rique decidiram voltar cedo para irem ao cassino de
Puerto Iguazú – AR.
Chegamos em Foz às 19h00. O resto da turma tocou até Cascavel para sair cedo e confraternizar o dia das mães.
Eu fiquei em Foz e fui jantar com o Rodrigo e o Gui.
No domingo saí ás 9h00 e cheguei em Curitiba às 17h00.
Vim legal, mas fui parado pela Polícia Rodoviária Federal por causa do
escapamento da Gilda. Esse trâmite levou 35 minutos de parada.
Fora isso não houve nenhum incidente na viagem.
Grande Abraço e
BOA SEMANA A TODOS.
Luiz Pedro Di Lucca.






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