segunda-feira, 26 de abril de 2010

ESPAÇO ABERTO

*IRMÃOS DI LUCCA EM TREZE TÍLIAS*.
*A VISITA AO TIROL BRASILEIRO EM SANTA CATARINA*.
Olá pessoal,
Dia 02 de abril saímos, como sempre, da Panificadora Saint Germain (Batel) com destino à Araucária (30 km) às 8h00 com nossas motos Harley - “Lola” do José Carlos e “Gilda” do Luiz Pedro - até chegarmos ao entroncamento da Avenida das Araucárias com a Rodovia do Xisto – BR-476 em direção a Campo do Tenente.
Passamos por Contenda, Lapa e nada do entroncamento para Campo do Tenente, uma pequena cidade a 35 km da Lapa. Quando chegamos a Antônio Olinto, à 67 km de distância da Lapa, resolvemos parar para perguntar. Estávamos errados.
Meia volta volver e força no manete para chegarmos a Campo do Tenente às 10h30, uma cidade simpática e pitoresca.
Num ritmo mais forte para voltar ao Trevo Lapa/Campo do Tenente, um pica-pau resolveu cruzar a minha frente da esquerda para a direita a meia altura. Quando percebeu que não ia conseguir deu um rasante para aumentar a velocidade e livrou a roda dianteira da Harley. Vendo toda a sua manobra pensei: ufa passou! Mas, desgraçadamente ele foi atingido com a pedaleira do lado direito. Pobre pica-pau chegara sua hora.
A região de Campo do Tenente foi percorrida no século XVII, por garimpeiros, nas buscas pelas minas de ouro. Mas foi a chegada da estrada de ferro em 1894 e a inauguração da energia elétrica, em 1907, instaladas pela família Stahlke quando da construção de suas indústrias, os fatores fundamentais para o crescimento de Campo do Tenente.
Em Campo do Tenente entramos na BR-116 com destino a Santa Cecília.
Nesse trecho levamos uma hora e cinqüenta minutos de viagem.
Resolvemos almoçar um pouco antes de Santa Cecília.
Este trecho da estrada consiste em várias retas, com descidas, subidas e curvas suaves.
Andando a uma velocidade em torno de 140 km/h, fui ultrapassar um Peugeot . Quando ele viu a minha seta ligada a mais ou menos 30 metros de distância, pisou fundo querendo impedir a minha manobra. Baixei a quinta marcha e acelerei. A resposta da Harley foi imediata e o velocímetro respondeu em 160 km/h, em seguida foi para 180 km/h. Ultrapassei o Peugeot, quando o manete chegou ao limite. Pensei: mas não pode estar no limite a 180km/h???.... Aí olhei os instrumentos e me dei conta que ainda estava na quinta
marcha. Então passei a sexta marcha com giro no máximo. A “Gilda” saltou para frente e fomos a 200 e 210 km/h. Quando olhei no retrovisor o carrinho era apenas uma mancha prateada.

O povoamento do Município de Santa Cecília teve início no ano
de 1855 e nas margens do Rio Correntes os Tropeiros vindos do Rio Grande do Sul com destino ao Paraná faziam pouso para o descanso das tropas e dos próprios tropeiros.
De Santa Cecília a Fraiburgo são 65 km por uma estrada montanhosa da região serrana catarinense levamos 1 h de viagem.
No Portal de Fraiburgo encontramos vários motociclistas, nos mais variados modelos de motocicletas, e um quiosque com maçãs e souvenires com cata-ventos quadros com motivos de maçãs.
Historicamente Fraiburgo teve seu auge no setor primário até a década de 50/60, a indústria extrativa de madeira, pioneira e geradora do município, ainda é a propulsora da economia, mas foi à fruticultura da maçã que se tornou reconhecida nacional e internacionalmente.
Com o crescimento da Economia local e o incremento da Fruticultura, especialmente a Maçã, nasce uma nova imagem estética de Fraiburgo, inicialmente citada como a Capital
Brasileira da Maçã, e posteriormente, a comunidade local, empenhada em valorizar os produtos, resolveu usar o slogan: “Fraiburgo, a Terra da Maçã”.
De Fraiburgo a Treze Tílias são mais 79 km de serra que nos obriga a baixar bastante o ritmo de viagem que completamos com 1h15m, passando por Tangará.
Treze Tílias foi fundada por imigrantes da região do Tirol Austríaco que fugiam da grave crise econômica que assolava a Europa no período entre-guerras.
Depois de 9 horas em cima das motos, finalmente chegamos em Treze Tílias.
O Portal de entrada da cidade em arquitetura austríaca é famoso. A cidade se revela na curiosa arquitetura típica da Áustria e nos fascinantes trabalhos em madeira produzidos por seus artistas, um dom herdado dos primeiros imigrantes. As obras espalham-se nos umbrais de portas, nas varandas e nos detalhes de decoração das casas. Destaque para as esculturas sacras, de todas as formas e tamanhos, pródigas em criatividade e beleza, que são conhecidas no mundo todo. É comum encontrar ateliês onde se produzem esculturas
em grande escala - o crucifixo da Catedral de Brasília, por exemplo, foi construído por Godofredo Thaler, neto do fundador da cidade.
Quase todas as construções têm uma torre e um galo, símbolo da disposição do tirolês para o trabalho. Há vários grupos de dança folclórica tirolesa, com coreografias trazidas pelos imigrantes e mantidas através das gerações.
As danças e os trajes revelam as tradições do Tirol e de outros Estados austríacos.A Tirolerfest, Festa da Tradição Austríaca, inclui um desfile histórico, apresentações e noites culturais.
Patrimônio Histórico Não deixem de visitar o Castelinho, construído em 1936 para ser o
centro administrativo da colônia Dreizehnlinden, que mantém um museu com os pertences dos primeiros colonizadores e uma biblioteca com material referente ao Tirol, além de oferecer aulas de música e dança.
Tomamos um café da manhã típico da bavária, com farta diversidade de doces, tortas, com vários tipos de salgados e saímos para visitar e fotografar a cidade. Foi quando descobrimos que havíamos feito a segunda besteira no roteiro da viagem. De Antonio Olinto que foi o ponto em que voltamos para a Lapa, seguindo em frente, a distância é de 245 km. Voltando para a Lapa fizemos 413 km. Quase o dobro. Que sirva de aprendizado. Planejamento e disciplina nas paradas é fundamental para uma viagem prazerosa e rápida ao mesmo tempo, evitando o desgaste desnecessário do piloto.
Esse foi o passeio a Treze Tílias.
Um abraço e
BOA SEMANA A TODOS.
José Carlos e Luiz Pedro Di Lucca.


Portal da cidade de Treze Tílias.



Zé e Lola.


Pedro e Gilda.


O Hotel.

Os irmãos Pedro e Zé.

6 comentários:

Guido disse...

Zé Biruka,tá doidão,andar a 210 por hora???

Regina disse...

Irmãos Di Lucca...com aventura, velocidade "doidona", sensibilidade com o pardalzinho e as belezas culturais, voces fizeram um relato muito interessante! Abraço

Armando disse...

Que beleza de viagem,
a região de Treze Tílias é realmente espetacular..
Na próxima levem uma bandeira do Les Paxá..rs
Grande Abraço..

Blog do Di Lucca disse...

Guido, quem andou a 210 por hora fui eu e não o Zé.
Abraços do Pedro.

Blog do Di Lucca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ronaldo Silva disse...

E aí manos!
Fiquei feliz em saber que continuam unidos e curtindo a vida como tem que ser.O Pedrão tenho visto com frequência agora vc Zé, favor dar as caras,porque estou com saudades.
Abraços,
Ronaldo Silva