*NAS ÁGUAS DO CARIBE.
Olá Pessoal,
Outro dia vi no Blog as fotos da viagem ao Caribe e me vieram algumas lembranças. E num exercício de memória vou tentar contar alguns lances dessa viagem, que, aliás, foi marcante em minha vida.
A história começa em janeiro de 1975 no bar do Paxá com o Mocellin e o Irineu incentivando a turma para a viagem. Muita gente se animou e acabamos juntando uma turma de sete - Roberto, Mocellin, Zico, Hamiltinho, Irineu, Bigode e eu.
Os preparativos já eram uma festa, um dia fomos todos à agência de viagem, pegamos uns catálogos do navio e depois passamos na loja do Max Rosenmann, que quando viu o Roberto com os folhetos foi logo perguntando:
"Ei Turco, tá rifando navio agora?"...gargalhada geral...(mas essa já é outra história), aliás o riso foi a tônica dessa viagem em todos os momentos...
Para Santos, de onde saía o navio, fomos de ônibus, chegamos de manhã e com o dia inteiro livre, pois o navio só saía a noite. Lembro que tirei o dinheiro para a viagem em cima da hora num banco em Santos e depois fomos ao cinema pra relaxar..rsss...
Na hora de embarcar fui procurar minha mala, cadê? Tinha sumido, não sabia o que tinha acontecido...imaginem o desespero, prestes a embarcar e sem nenhuma bagagem...como sempre tive mais sorte que juízo, o Zico encontrou minha mala depois de fazer uma busca nos táxis, estava no banco de trás...sei lá como eu tinha esquecido, devia estar com a cabeça no mundo da lua.....rs
Enfim o embarque para a grande aventura.
Ficamos instalados no último piso, lá no porão mesmo, em dois camarotes, num deles Roberto, Marcos, Hamiltinho e Zico e no outro Irineu, Bigode e eu. Uma boa surpresa foi que nesse mesmo piso havia uma delegação de 11 mineiras, que bela recepção, começamos bem!!!!
Alguns acabaram namorando firme na viagem, outros apenas se deram bem, e por aí tem um monte de boas histórias...
Tinha um mineiro na piscina chamado Zico(xará do nosso), que ficava gralhando o tempo todo, o cara era muito engraçado, escalava o time do Fluminense da década de 60 em alto e bom som, como se fosse o alto falante do Maracanã...O maior sol na piscina, todo mundo lagarteando e lá vinha ele com o som de microfone: "Estourou uma guerra no Brasil, estão sendo convocados os passageiros do navio Eugênio "C",..rsss
A primeira parada foi em Curaçao onde fomos direto ao cassino. Começo de viagem e já deixei uma grana preta...rss.....Nessa parada o Irineu comprou uma filmadora e filmava tudo, para desespero de alguns que tinham namorada...
Nos almoços e jantares combinamos sempre em pedir vinho e a cada dia um dava seu palpite...lembro de pedir Chateuneff du Pape e também Mateus Rosé, vinhos que o Geraldão apreciava, até que foi o dia do Roberto pedir e lá veio: Maitre - traz um Mateus Rosé “Tinto"......rss....alias o Maitre era um cidadão elegante e boa gente a quem chamavam de “Chatermember “, que não sei o que significa.
Como nossa turma era grande e animada logo ficamos conhecidos e isso ajudou a fazer muitas amizades, com gente de Minas, Cariocas, Paulistas e até o grupo “Golden Boys” (lembram deles?) que faziam shows a noite, fiquei amigo do Valdir, o mais velho deles, que chegou a me mandar um cartão postal.... ...amizades que duraram algum tempo, mas a distancia fez por acabar, pois sem as facilidades da tecnologia de hoje com emails, MSN etc.. era difícil.
À noite no salão principal sempre havia uma festa e numa dessas comemoramos o aniversário de 22 anos do Hamiltinho (foto no Blog), em outra noite os “Golden Boys” convidaram os passageiros para fazer o show, lá fomos nós, o Bigode pegou o violão e cantamos “Julieta”, foi um sucesso...rs.
Cada dia a gente escolhia um pra pegar no pé ....do Bigode, do Zico, do Roberto,e assim por diante...até que foi a vez do Polaco, que ficou brabo...e a gozação foi geral – e logo veio a frase “pimenta nos olhos dos outros é refresco, né?”...rss
A última ilha visitada foi Barbados e depois tivemos 06 dias de cruzeiro até chegar ao Rio de Janeiro, e tinha um figuraça que gritava aos quatro cantos: "Quem não deu até Barbados que se apresse, comece a dar que a viagem está terminando"...gargalhada geral....rsss
Na última noite no navio teve um bingo e o premio era uma boa bolada. Cada um comprou uma cartela que era meio salgadinha, e fizemos um pacto - se um de nós ganhar, o que ganhou fica com a metade do premio e o restante divide com a turma. E deu certo, pra nossa sorte o Polaco Mocellin ganhou o Bingo e todo mundo entrou na grana ...rss mas teve um que quis economizar e não comprou a cartela e não entrou no racha...rss...vcs vão ter que adivinhar quem é..rss
A chegada foi no Rio de Janeiro e um pouco antes, um carioca, que era noivo, e como passou a viagem toda sem aliança colocou a aliança e com o dedo ao sol gritava "Queima filho da puta"....rss
No desembarque as tradicionais despedidas e as promessas de manter contato dando continuidade nas novas amizades.
Foi uma viagem recheada de histórias e inesquecível.
Um grande abraço e
BOA SEMANA A TODOS.
Guido Cafú.
Olá Pessoal,
Outro dia vi no Blog as fotos da viagem ao Caribe e me vieram algumas lembranças. E num exercício de memória vou tentar contar alguns lances dessa viagem, que, aliás, foi marcante em minha vida.
A história começa em janeiro de 1975 no bar do Paxá com o Mocellin e o Irineu incentivando a turma para a viagem. Muita gente se animou e acabamos juntando uma turma de sete - Roberto, Mocellin, Zico, Hamiltinho, Irineu, Bigode e eu.
Os preparativos já eram uma festa, um dia fomos todos à agência de viagem, pegamos uns catálogos do navio e depois passamos na loja do Max Rosenmann, que quando viu o Roberto com os folhetos foi logo perguntando:
"Ei Turco, tá rifando navio agora?"...gargalhada geral...(mas essa já é outra história), aliás o riso foi a tônica dessa viagem em todos os momentos...
Para Santos, de onde saía o navio, fomos de ônibus, chegamos de manhã e com o dia inteiro livre, pois o navio só saía a noite. Lembro que tirei o dinheiro para a viagem em cima da hora num banco em Santos e depois fomos ao cinema pra relaxar..rsss...
Na hora de embarcar fui procurar minha mala, cadê? Tinha sumido, não sabia o que tinha acontecido...imaginem o desespero, prestes a embarcar e sem nenhuma bagagem...como sempre tive mais sorte que juízo, o Zico encontrou minha mala depois de fazer uma busca nos táxis, estava no banco de trás...sei lá como eu tinha esquecido, devia estar com a cabeça no mundo da lua.....rs
Enfim o embarque para a grande aventura.
Ficamos instalados no último piso, lá no porão mesmo, em dois camarotes, num deles Roberto, Marcos, Hamiltinho e Zico e no outro Irineu, Bigode e eu. Uma boa surpresa foi que nesse mesmo piso havia uma delegação de 11 mineiras, que bela recepção, começamos bem!!!!
Alguns acabaram namorando firme na viagem, outros apenas se deram bem, e por aí tem um monte de boas histórias...
Tinha um mineiro na piscina chamado Zico(xará do nosso), que ficava gralhando o tempo todo, o cara era muito engraçado, escalava o time do Fluminense da década de 60 em alto e bom som, como se fosse o alto falante do Maracanã...O maior sol na piscina, todo mundo lagarteando e lá vinha ele com o som de microfone: "Estourou uma guerra no Brasil, estão sendo convocados os passageiros do navio Eugênio "C",..rsss
A primeira parada foi em Curaçao onde fomos direto ao cassino. Começo de viagem e já deixei uma grana preta...rss.....Nessa parada o Irineu comprou uma filmadora e filmava tudo, para desespero de alguns que tinham namorada...
Nos almoços e jantares combinamos sempre em pedir vinho e a cada dia um dava seu palpite...lembro de pedir Chateuneff du Pape e também Mateus Rosé, vinhos que o Geraldão apreciava, até que foi o dia do Roberto pedir e lá veio: Maitre - traz um Mateus Rosé “Tinto"......rss....alias o Maitre era um cidadão elegante e boa gente a quem chamavam de “Chatermember “, que não sei o que significa.
Como nossa turma era grande e animada logo ficamos conhecidos e isso ajudou a fazer muitas amizades, com gente de Minas, Cariocas, Paulistas e até o grupo “Golden Boys” (lembram deles?) que faziam shows a noite, fiquei amigo do Valdir, o mais velho deles, que chegou a me mandar um cartão postal.... ...amizades que duraram algum tempo, mas a distancia fez por acabar, pois sem as facilidades da tecnologia de hoje com emails, MSN etc.. era difícil.
À noite no salão principal sempre havia uma festa e numa dessas comemoramos o aniversário de 22 anos do Hamiltinho (foto no Blog), em outra noite os “Golden Boys” convidaram os passageiros para fazer o show, lá fomos nós, o Bigode pegou o violão e cantamos “Julieta”, foi um sucesso...rs.
Cada dia a gente escolhia um pra pegar no pé ....do Bigode, do Zico, do Roberto,e assim por diante...até que foi a vez do Polaco, que ficou brabo...e a gozação foi geral – e logo veio a frase “pimenta nos olhos dos outros é refresco, né?”...rss
A última ilha visitada foi Barbados e depois tivemos 06 dias de cruzeiro até chegar ao Rio de Janeiro, e tinha um figuraça que gritava aos quatro cantos: "Quem não deu até Barbados que se apresse, comece a dar que a viagem está terminando"...gargalhada geral....rsss
Na última noite no navio teve um bingo e o premio era uma boa bolada. Cada um comprou uma cartela que era meio salgadinha, e fizemos um pacto - se um de nós ganhar, o que ganhou fica com a metade do premio e o restante divide com a turma. E deu certo, pra nossa sorte o Polaco Mocellin ganhou o Bingo e todo mundo entrou na grana ...rss mas teve um que quis economizar e não comprou a cartela e não entrou no racha...rss...vcs vão ter que adivinhar quem é..rss
A chegada foi no Rio de Janeiro e um pouco antes, um carioca, que era noivo, e como passou a viagem toda sem aliança colocou a aliança e com o dedo ao sol gritava "Queima filho da puta"....rss
No desembarque as tradicionais despedidas e as promessas de manter contato dando continuidade nas novas amizades.
Foi uma viagem recheada de histórias e inesquecível.
Um grande abraço e
BOA SEMANA A TODOS.
Guido Cafú.
8 comentários:
Que ótima história, dá até vontade de ter estado lá....vc é um contador de histórias e com boa memória, vai ser promovido a escritor do blog...rsss
Até os Golden Boys, caraca...
Entrega aí quem não quis comprar a cartela do bingo..rss
Beleza..
Grande Abraço.
Cafú, vc tem memoria de elefante,um grande abraço.
Vamos lá, Mocelin, Cafú, Bob é do jogo, estes não foram. vou chutar é médico ou irmão do Ovidio, que barbada.
Que delicia de viagem , Guido!
Lendo, pra quem já fez uma viagem destas, dá pra imaginar o que aprontaram....até "gente grande" tem histórias pra contar de uma viagem assim...faço idéia das de vocês!
Bjo!
depois eu leio
me chamaram
Que bom ler esta história de Voces ! Dá para imaginar o quanto aproveitaram a viagem...
Que boa aventura, Guido!
E o Armando está certo, você é um contador de histórias.
Beijo
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