segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ESPAÇO ABERTO

*JAMAICA*
Olá pessoal,
Quando recebi a mensagem do blog sobre o Espaço Aberto pensei na possibilidade de escrever sobre o meu apelido.
Várias pessoas me perguntam de onde vem.
Existe até uma história de que eu era chegado a um certo produto que era muito comum naquele país, muito usado naquela época, aliás, usado até hoje.

Na verdade o apelido vem da época do bar do Paxá.
A história é mais ou menos o seguinte.
Janeiro de 73, cidade vazia. Todo mundo na praia.
Em Curitiba somente quem estava preocupado com o vestibular da Federal, que naquela época era no começo do ano. Eu entre eles.

Na verdade eu já havia passado em São Paulo e minha maior preocupação desde que saiu o resultado de lá, que foi antes do Natal, era a piscina do Curitibano, quem iria pra Caiobá ou Guaratuba, onde seria o futebol e lógico com o bar do Paxá.
Num dia qualquer, alguém sugere uma ida pra fazenda do Coruja.
Falamos com ele e logo veio aquela resposta tradicional e bem comprida. - TÁ.

Quem estava disponível na cidade topou, o Coruja, Nego Xaxá, Cafú com o sempre presente “mata mosca” e eu.
Seis horas da tarde a saída do bar.
Tudo pronto começa a viagem. Chegamos na estrada que dava acesso à “farm” já de noite.
Andamos uns quinhentos metros e o "mata mosca" começou a derrapar na estrada cheia de barro.
O Cafu já avisou: “Tô com os pneus meio carrrrecas”. Mentira... eles pareciam pneu de chuva, não tinham nenhum friso.

Mais um pouco e encalhamos. Bom, desce todo mundo pra empurrar. Cada um vai descendo e tirando camisa e arregaçando as calças. Me lembro de como eu estava: calça branca, camisa vermelha, tênis, careca, e mais nego que o Xaxá. Careca do vestiba e nego de tanto sol.
O Neguinho começou a gritar e dar risada com aquele bocão: AHAHAH, PARECE UM JAMAICANO, AHAHAH - o resto do pessoal acompanhou e a coisa continuou durante a noite até o dia seguinte.
Como eu era calouro do Cafú e do Nego eles aproveitavam um pouco.
Jamaicano vai comprar pão. Jamaicano, pega gelo. Jamaicano onde tá o cigarro. Jamaicano, pega o isqueiro. No sábado, acho que era isso, voltamos pra Curitiba.
Tinha acabado tanto a comida como o vinho da venda que existia por lá.
Chegamos direto no Curitibano e a coisa espalhou.
De Jamaicano pra Jamaica foi rápido e até hoje continua.
Dizem que apelido só pega quando o cara não gosta. Nunca me preocupei e pegou.

Essa é a história verdadeira, invenção do Neguinho.
Um abraço e BOA SEMANA a todos.
Ernesto Sperandio Neto - Jamaica.

6 comentários:

Guido disse...

Jamaicano:
Grande história,para inaugurar o espaço aberto...gostei!!!
Abração,
Cafú

Guido disse...

Zico:
Conte aqui a história do Carnaval em Floripa,que também tem a ver com os penus carecas do mata mosca...hehe...
Cafú

APOSENTADO disse...

GRANDE ERNESTO:

HISTÓRIA BEM TÍPICA TUA, ALIÁS, NA "FARM" DO CORUJA, TEM MUITAS MAIS COM VOCE COMO PERSONAGEM CENTRAL...RSRSR...

Armando disse...

Boa história,

O Xaxá batizou o Jamaica de Jamaica..rss
Xaxá lembra disso?

Aquela estradinha de barro na chegada da "farm" fez muitos trabalharem pesado..rsss...com os pneus "carrecas" então..rss

Um dado interessante que pouca gente sabe, o Xaxá que "batizou" e o Jamaica q foi batizado, nasceram no mesmo dia, mes e ano...
Logo teremos Parabéns duplo..
Grande Abraço

APOSENTADO disse...

POR FALAR E NASCIMENTOS, ESTIVE COM O NOSSO AMIGO JOCA ABRÃO NO DIA 14/02 COMEMORANDO O SEU ANIVERSÁRIO.
TOMAMOS UM BOM WHISKY E DEMOS BOAS RIZADAS.
ACHO QUE O BLOG NÃO REGISTROU EM VIRTUDE DO CARNAVAL, MAS FICA O REGISTRO E O ABRAÇO DE TODA A FAMÍLIA LES PAXÁ.

Regina disse...

História boa de ler!
Este espaço tem lugar garantido, espero...
Pode ficar com gostinho de quando a gente para prá contar e ouvir "causos"...
Beijos