segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

MOMENTOS DÉCADA DE 70'

O dia nem bem amanhecia e o Germano já erguia as portas de ferro do Bar. Ainda limpando o balcão, recebia visitas para um cafezinho ou um pingado. A mesa de sinuca ainda sustentava o pó da noite anterior, quando alguém, sem dinheiro, ganhou alguma e de lá saiu com uns trocos no bolso.
O silêncio da Bispo Dom José era gostoso naquela época.
Ainda se via um monte de gurizada indo para a aula e outros evitando o caminho da escola, fazendo parada no Bar, ali matando sua aulinha para encontrar amigos da vizinhança.
Assim começou a convivência dos amigos do bar do Germano, onde se conheceram e se reuniram por anos e anos, amigos como Cabora, Henrique,Pedro Coruja,Nelson Rezende, Caçapa, Xaxá, Dinho Hauer, Turco Davi, Lilico, Ernestinho, Irineu, Roberto Mussi, Luis, entre outros que foram se aproximando.
Cabora até promoveu uma reunião para “aprovar” os novos amigos.
Isto pelos idos de 1969, quando os cabelos compridos eram a marca da juventude de então.
Ano seguinte, aparecem mais amigos, como João Anderson, Marcos Isfer, Guido, Armando, Zico, Evaldo Vita e outros.
E ali foram formando a turma que deu origem ao Les Paxá.
Histórias de esquinas, encontros de karman-ghias e TCs, fuscas e carros da época.
Um ponto de encontro sadio, antes de tudo.
Dali saíam para festas ou ali se encontravam e ficavam, somente com o papo que existia ou falando sobre vários assuntos, de meninas às novidades dos carros de então.
Uma pequena introdução para que mais histórias venham e nos permitam relembrar, contar, ilustrar.
Obviamente que nos dias de hoje devem existir mais “Les Paxas” pela cidade, mas não são tantos.
Esta forma de amizade e da turma que se originou, é meio raro, ainda mais nos dias de hoje, quando amizades duram menos que um palito de sorvete.
Preservemos nossa história e façamos que ela seja útil para quem nos acompanha e nos substituirá na seqüência da vida.
Causos, casos, papos e comentários devem fazer um bom livro.
Sem falar das gincanas, incluindo a da Licopar, que foi a mais longa da história e onde o trabalho de equipe foi, de fato, importante para a marca Les Paxá.
Na próxima, a Copa de 70 no FORTE DO MOURA. Uma história contada pelo Guido e com detalhes acrescentados por mais pessoas.
Boa Semana a Todos.
Costa Kotzias.
http://costakotzias.blogspot.com

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