domingo, 11 de outubro de 2009

MOMENTOS DA DECADA DE 70'

12 de outubro.
O chamado Dia da Criança.
Aquela criança que fomos um dia e ainda mantemos um pouco dela dentro de nós. Mesmo que timidamente.
Dia de ganhar presentes, dia de sorrir, dia de saber que éramos – e fomos- muito amados.
Não só pelos presentes, mas pelo amor, pelo carinho, pela atenção que recebemos de nossos pais, por mais que eles trabalhassem e corressem.
Somos de uma geração onde as mães ficavam em casa e os pais corriam. E a educação era outra. Mais severa e exemplar.
E com isso, tivemos mais emoções no dia das crianças do que as crianças de hoje, se bem que, quem tem crianças em casa, dedica-se a elas neste dia, nem que seja por meia hora.
No nosso tempo, a festa era inteira, desde os primeiros dias do amanhecer. Tinha gente que não ia pra aula, até porque era feriado.
Presentes que nos enchiam de felicidade, fosse o mais simples ou o mais cobiçado.
Quando merecíamos, ganhávamos.
E quando ganhávamos, éramos exemplo para o mundo da felicidade.
A roupa da Maison Blanche ou da Mazer, o sapato da Cinderela ou já da Mendes, a calça brim curinga da Curitex, a sessão de cinema do Cine Vitória, o pacote de doces do “baleiro-balas” da rua. E como gostávamos de tudo isto. Até algodão-doce era bom.
Um pacotinho de bala de côco da confeitaria ao lado do Cine Avenida era uma conquista.
Meninas de roupinhas límpidas e brancas, arrumadinhas sem poder nem brincar.
Meninos com roupas corretas e sapatos brilhando, sem poder correr.
Mas corremos, brincamos, nos sujamos, nos lambuzamos e nos pintamos em qualquer festa que freqüentamos.
Defendo sempre que nosso tempo de criança era mais legal que os de hoje.
Um cabo de vassoura e uma tampa de lata de cera era o suficiente. Um pacotinho de bolas de gude era tudo para passarmos horas com “quero-tudo-não-dô-nada”, “limpas” e outros termos que usamos.
Jogar bafo era sensacional, pois já molhávamos a palma da mão para grudar a figurinha.
As meninas se contentavam com bonecas imensas ou minúsculas, mas que fossem da moda. Algumas até hoje existem.
Juntos, brincávamos de polícia-e-ladrão com a ingenuidade de crianças.
De médico, uma vez ou outra, mas quase todo mundo brincou.
12 de outubro.
Dia de abraçarmos uns aos outros, visto que não somos mais crianças, mas fomos crianças privilegiadas.
A educação e a criação que tivemos, repassamos hoje aos nossos filhos.
Mas é diferente. É tudo diferente.
Nossos valores não são os deles, mas eles sabem quais são os nossos.
Ainda bem.
Abraços às crianças de 45 pra mais.
Abraços às crianças que foram – e são – felizes.
Até pra semana.
Boa semana a todos.
Costa Kotzias.
http://costakotzias.blogspot.com

3 comentários:

Bimba disse...

Costa ,como nós fomos felizes!!!
Parabéns .
Beijos

Chris Romano disse...

Bimba, fomos e somos!!!!! Beijos

Bimba disse...

É isso aí Chris,só nós sabemos como se divertimos; e continuamos nos divertindo quando se encontramos.
Saudades!
Beijos