terça-feira, 8 de setembro de 2009

MOMENTOS DA DÉCADA DE 70'

No final das contas, somos especiais.
Especiais por termos vivido uma das melhores décadas dos últimos anos, a década de 70.
Claro que vivemos porque tínhamos a idade da descoberta e do aprendizado, tínhamos uma turma atrás da outra, éramos amigos inseparáveis, íamos aos mesmos lugares e aprendemos que o respeito se adquire com a convivência.
A década de 70 foi, sem dúvida, um “show” de vivência, de conhecimento e de aventuras. Aventuras, sim.
Viajar era questão de cinco minutos. Ir para a praia era questão de dois olhares.

Carnaval em Florianópolis era questão de um primeiro falar e todos seguirem atrás.
E a década nos trouxe fatos, acontecimentos, coisas e detalhes que não esquecemos até hoje, passados estes aninhos que nos animam a continuar vivos.
Carros, por exemplo.
Mavericks, Chevettes, Brasílias e Opalas eram a atração.
Os Chevettes, na sua maioria, rebaixados e com rodas Scorro de gomo, polidas na PoliCenter e impecáveis com flanela e Brasso, aquela porra que ficávamos esfregando sem parar.
No painel, um Mitsubishi ou um Road Star davam o toque sutil de um som que inaugurava os twitters, os módulos (chamados de amplificadores), o som alto, quase puro, oriundo de fitas K-7.
Gravei centenas delas. E tem gente que até hoje tem as fitas – e tocam.
Maverick era o carro brabo, veloz, confortável para quem ia na frente, também com rodas polidas e som.

Alguns, tão limpos que dava para comer em cima do capô, dava para deitar sem sujar a camisa branca do Magazin Avenida.
Brasílias eram com motor 1600, rebaixadas, rodas largas, som de primeira e algumas mais limpas que outras.
Opalas, duas portas e 4100 eram o must.

Mas o 4 portas começou a pegar no final de 1976, 77.
Sem falar em alguns fuscões.
E todos estes carros, todos os seus donos, fizeram poucas cagadas se comparadas aos jovens de hoje.

Acidentes aconteciam, mas em menor escala. Bebedeiras havia, mas em menor risco. Brigas, raramente, mas quando aconteciam eram relembradas tempos depois.
Para falar desta década, sem dúvida, é necessário mais que um espaço limitado, mas daí que fica bom, pois tem assunto para todos, envolvendo muita gente e histórias de bares, discotéques, boates, encontros, desencontros, enfim, tudo que fez parte de nossas vidas.
Pra semana que vem, continuamos. E com a memória bem fresca.
Das saídas de colégio a festas de aniversários. Tudo, um pouco.

BOA SEMANA A TODOS.

Costa Kotzias.
costakotzias.blogspot.com

2 comentários:

Cassou disse...

Velhos tempos ... Belos dias Costa !!! É sempre muito bom lembrar; e melhor ainda é lembrar na maioria das vezes de coisas boas, coisas que nos fazem e farão bem para o resto de nossas vidas !!!

Um abraço

Silvinha disse...

Constantino ( como no colégio ), qtas coisas pra lembrar!!!
Imagine eu... no alto do meu 1,54 mts dirigi mts destes carros rebaixados e com as tais direções diminutas, que davam muque aos que não faziam halteres ( pq não tinhamos academias nesta época).
Os Mavericks dos meninos Slaviero,o Opala do Plininho Pessoa e o meu Chevette marron que meus irmãos fizeram ficar no chão com corte em molas , suspensão dura , horrível , mas...um must.
Acho que vem dai o prazer em fazer rallyes!!!Além de ser oriunda de fazenda , né.
Prazeroso ficar na porta de casa lavando carro com muitos amigos pra ajudar e polir com a tal cera Bravo , e por termos uma garagem enorme todos aproveitavam pra fazer o msm , pq ao sol manchava tudo.
E dá-lhe ir pra Comendador ...vitrine da cidade.
bjsss e inté a semana que vem em outra crônica,ok!!!