
Alguns dias atrás perdemos o Alemão Hauer, nosso amigo de longa data da Turma Les Paxá. Alemão ou Dinho como era chamado, desde cedo juntou-se à galera, sempre frequentando o murinho, o bar e participando de todos os eventos da turma.
Era um cara reservado, correto e sempre na dele, um ótimo amigo.
Através do Alemão aconteceram boas histórias da turma, sempre lembrada por todos. Na chácara da sua família aconteceu a primeira churrascada do Paxá, logo após vencermos a gincana do Curitibano em maio de 1971. A chácara situava-se onde hoje é a refinaria da Petrobrás em Araucária. As fotos estão no blog, a história já foi contada, foi uma festa inesquecível.
Como não lembrar também da casa do Alemão na praia de Armação, íamos para lá quando eramos garotos ainda imberbes, experimentando a liberdade de viajar com os amigos e tomar alguns porres no Alírio, um bar que ficava num ponto estratégico, onde sempre havia um bom movimento de gente bacana. A casa do Alemão em Armação era aprazível, em frente ao mar, e impossível esquecer as histórias com a "baleerrra" de motor "stol", com a qual sempre estávamos querendo ir a Piçarras ou outra praia mais animada para dar uma curtida. Era tudo fantástico, início dos anos 70' e as viagens eram uma farra só.
Lembro de um dia que o Alemão apareceu no bar com uma moto novinha, uma Yamaha RD 350, de motor "quente" conhecida como "viúva negra" e a galera colocou tanto medo no Alemão que o coitado só andava de capacete (não era obrigatório na época) e por cima das calçadas até pegar a manha da moto.
Na sua casa na Av. Batel, onde o hoje é o Burger King, muitas vezes passamos a noite em jogos de cartas e outras reuniões. Era um grande cara.
Deixou esta vida lá em Armação. Na mesma casa em que tantas vezes reuniu seus amigos para celebrar a vida.
Ainda não havia se juntado aos antigos companheiros na nova fase da turma do Paxá. Disse a alguns que queria rever todo o pessoal. Não deu tempo. Que pena.
A sua história faz parte da história da turma, e o Les Paxá hoje veste luto.
Haroldo Frederico Hauer, siga em paz.
Valeu Dinho Alemão.